segunda-feira, 7 de maio de 2012

Pra ler e Refletir...


... Naquela noite, enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua mão e disse:
- Tenho algo para te dizer!
Ela se sentou e jantou sem dizer uma palavra. Pude ver o sofrimento em seus olhos.
De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, tinha que dizer a ela o que estava pensando. Eu queria o divórcio e abordei o assunto calmamente. Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou em voz baixa:
- Por quê?
Eu evitei respondê- La, o que a deixou brava. Ela jogou os talheres longe e gritou:
- Você não é Homem!
Naquela noite nó não conversamos mais, pude ouvi-la chorando. Eu sabia que ela queria um motivo para o fim do nosso casamento, mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia mais a ela e sim, a Jane. Eu, simplesmente, não amava mais minha esposa, sentia pena dela.
Me sentindo muito culpado,  rascunhei um acordo de divórcio, deixando pra ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa.
Ela tomou o papel da minha mão e rasgou violentamente. A mulher com quem vivi pelos últimos 10 anos, se tornou estranha pra mim. Ela, então, começou a chorar na minha frente, o que já era esperado. Eu me senti libertado enquanto ela chorava, a minha obsessão pelo divórcio nas últimas semanas, finalmente, se materializava e o fim estava mais perto agora.
No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e encontrei-a sentada na mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com Jane.
Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada a mesa, escrevendo. Eu a ignorei e voltei a dormir.
Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições. Ela não queria nada meu, mas pedia um mês para conceber o divórcio. Ela pediu que, durante os próximos 30 dias, a gente tentasse viver juntos da forma mais natural possível. As suas razões eram simples: Nosso filho, no próximo mês, faria seus exames e precisava de um ambiente propício para preparar- se bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento dos pais.
Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais... Ela se lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro de casa no dia em que nos casamos e me pediu que, nos próximos 30 dias, eu a carregasse para fora de casa todas às manhãs. Eu então percebi que ela estava completamente louca, mas aceitei sua proposta para não tornar os próximos dias ainda mais intoleráveis.
Eu contei para Jane sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito, achando a idéia totalmente absurda.
Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo, então quando eu a carreguei para fora da casa no 1° dia foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo:
- O Papai está carregando a mamãe no colo!
Suas palavras me causaram constrangimento. Do quarto até a entrada da casa, eu devo ter andado uns 10 metros, carregando minha esposa nos braços. Ela fechou os olhos e disse baixinho:
- Não conte nada para nosso filho do divórcio!
Eu balancei a cabeça, mesmo discordando e então, a coloquei no chão assim que atravessamos a porta da entrada da casa. Ela foi pegar ônibus para o trabalho e eu, dirigi para o escritório.
No 2°  dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito, eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que há muito tempo não prestava atenção naquela mulher. Ela, certamente, tinha envelhecido nesses últimos 10 anos, havia rugas em seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso relacionamento teve muito impacto nela. Por uns segundos, cheguei a pensar no que feito para ela estar naquele estado.
No 3° dia, quando eu a levantei, senti certa intimidade maior com o corpo dela... Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim...
No 4° e 5 dia, a mesma coisa... Eu não contei nada a Jane, mas ficava a cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto á porta da casa. Talvez, meus músculos estivessem mais firmes com o exercício, pensei.
Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou uma série deles mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro, ela disse:
- Todos os meus vestidos estão grandes pra mim!
Eu então percebi que ela, realmente, havia emagrecido bastante, daí a facilidade em carregá-la nos últimos dias.
A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso... Ela carrega tanta dor e tristeza no coração... Instintivamente, eu estiquei o braço  e toquei seus cabelos....
Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse:
- Pai, está na hora de você carregar a mamãe!
Para ver, ver seu pai carregando sua mãe todas às manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por longos segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de idéia agora que estava tão perto do meu objetivo. Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto até a entrada da casa... Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra meu corpo... Lembrei- me do dia do nosso casamento...
Mas seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu a segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas pernas. Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando estas palavras:
- Não percebi o quanto perdemos a nossa Intimidade com o tempo!
Eu não consegui dirigir para o trabalho. Fui até o meu novo futuro endereço, saí do carro apressadamente, com medo de mudar de idéia... Subi as escadas e bati na porta do quarto. Jane abriu a porta e eu disse a ela:
- Desculpe Jane, não quero mais me divorciar!
Ela olhou pra mim, sem acreditar e tocou minha testa, dizendo:
- Você está com febre?
Eu tirei sua mão da minha testa e repeti:
-Desculpe Jane. Eu não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor! Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte nos separe!
A Jane então percebeu que era sério, me deu um tapa no rosto, bateu a porta na minha cara e pude ouvi-la chorando.Eu voltei para o carro e fui trabalhar!
Passei em uma loja de flores, no caminho de volta pra casa, comprei um buquê de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria de escrever no cartão, eu sorri e escrevi:
-Eu te pegarei em meus braços todas as manhãs até que a morte nos separe!
Naquela noite, quando cheguei em casa, com um grande sorriso no rosto e o buquê de rosas, fui direto ao quarto onde encontrei minha esposa deitada na cama... Morta.
Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a meses, mas eu estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos do divórcio e prolongou a nossa vida juntos, proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã. Pelo menos aos olhos do nosso filho, eu sou um marido carinhoso.
____ São os pequenos detalhes que contam verdadeiramente, o abraço inesperado, o Eu te Amo dito sem mais nem menos, é uma mensagem de bom dia ou boa noite... É o beijo apaixonado... É o
Amigo, o amante...
Um relacionamento não é construído sob mansões, caros de luxo, contas no banco recheadas, cartões de crédito... Estes bens criam um ambiente propício a felicidade, mas não nos proporciona mais do que conforto...
Encontre tempo pra seu companheiro, seja amigo dele, faça pequenas coisas que os mantenham íntimos, próximos... Não deixe que o Amor se esfrie, mantenha-o sempre quente____

By: Lary Armstrong 

*_* Ótima Semana *_*